Monti não quer Itália "nas mãos de incapazes"

O primeiro-ministro demissionário de Itália, Mário Monti, explicou ontem que a sua decisão de entrar na política se prende com a necessidade de "não deixar Itália nas mãos de incapazes".
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Mário Monti, que em dezembro anunciou assumir a liderança de uma coligação centrista nas legislativas de fevereiro, anunciou ainda: "Não podemos entregar Itália nas mãos dos incapazes que a lideraram até novembro de 2011". O ainda chefe do Governo aludiu assim ao seu antecessor, Silvio Berlusconi e à situação catastrófica do país quando este se demitiu.

"A velha política não pode regressar. O Governo tecnocrata não teria sido chamado a governar se Itália estivesse nas mãos de políticos capazes e credíveis", confidenciou ao diretor do Corriere della Sera, Ferruccio De Bortoli.

A sua lista de centristas muitas vezes próximos dos meios católicos chama-se Escolha Civica e é formada por candidatos oriundos na sociedade civil. Tal pode aproximar a Escolha Civica do movimento Cinco Estrelas, espécie de anti-partido liderado pelo humorista Beppe Grillo. Afinal, ambos pretendem refletir os descontentamento da sociedade italiana.

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